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José Vieira de Carvalho – CE – Marquês de Lages (1844-1846)
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Metadados
Miniatura
Título
José Vieira de Carvalho - CE - Marquês de Lages (1844-1846)
Autor
Data
2004
Descrição
Retrato pintado à óleo sobre tela representando José Vieira de Carvalho, o Marquês de Lages. O Marquês está localizado no centro da pintura, em posição clássica para este tipo de retrato, com o corpo e o rosto inclinados para o lado esquerdo da composição. Percebe-se que seu rosto foi pintado seguindo padrões realistas da pintura, diferentemente de seu corpo, onde técnicas mais simples foram aplicadas.
O fundo em tonalidade marrom realça o rosto do retratado. Entretanto, os detalhes em branco, amarelo e vermelho de sua roupa direcionam o olhar do espectador para essa região da composição.
Classificação / Denominação / Suporte
100 – ARTES VISUAIS > 10 – Pintura > 1 – Têxtil (tela) | 100 – ARTES VISUAIS > 10 – Pintura | 100 – ARTES VISUAIS
Material
Tela
Técnica
Pintura à óleo
Assinatura / Marca / Fabricante
"Urbano" Frente, pintado, canto inferior direito.
Dimensões (da obra)
76 x 56 cm
Histórico (da obra)
Pintura pertence à coleção de retratos pintados exclusivamente para o Senado Federal, que forma a Galeria de Presidentes do Senado no Período do Império. Nesse período o Senado era composto por cinqüenta senadores que representavam as províncias em quantidade proporcional à população. O cargo de senador era vitalício e privativo de brasileiros natos ou naturalizados, exigia idade mínima de 40 anos e rendimento anual mínimo de oitocentos mil réis. O Imperador escolhia um senador de cada uma das listas tríplices, de candidatos eleitos nas províncias por votação indireta e majoritária. À exceção dos príncipes da Casa Imperial, senadores por direito que tomavam assento aos 25 anos de idade, os senadores eram escolhidos com base na experiência de administração pública ou serviços à Pátria (magistrados, militares, eclesiásticos, médicos), bem como ancianidade e nobilitação.
João Vieira de Carvalho, 1.º barão, conde e marquês de Lajes, (Olivença, Portugal 1 , 16 de novembro de 1781 —1 de abril de 1847) foi um engenheiro, militar e político brasileiro. Participou da Guerra Peninsular, após a conquista francesa partiu para o Brasil. Como sargento-mor participou das campanhas no Uruguai de 1811 e 1812 e da Guerra contra Artigas, além da Batalha do Prata. Após seus feitos na Batalha de Catalão foi promovido a tenente-coronel. Em 1821 foi nomeado diretor da colônia de Nova Friburgo(cargo que não exerceu). Foi ministro da Guerra em 28 de outubro de 1822. Em 1824 foi promovido a brigadeiro, sendo também agraciado oficial da Imperial Ordem do Cruzeiro. Foi promovido a marechal em 1827 e elevado de barão a conde em 1828. Membro do Partido Conservador, foi hostilizado pela imprensa, até a queda de D. Pedro I. Em 5 de abril de 1831 retornou à pasta da Guerra (a qual ocupou por nove vezes), ministério este que só durou dois dias, até a abdicação de D. Pedro I. Foi nomeado ministro da Guerra em duas outras oportunidades, 1 de novembro de 1836 e 16 de maio de 1839.
Defensor da maioridade de D. Pedro II, recebeu na sua coroação a grã-cruz da Imperial Ordem de Avis. Em 9 de abril de 1845 foi elevado a marquês. Foi senador do Império do Brasil de 1829 a 1847, pela província do Ceará, tendo sido seu presidente de 1844 a 1846. Foi grão-mestre da Loja Maçônica São Pedro de Alcântara, além de, depois da morte de José Bonifácio de Andrada, ter sido nomeado soberano grande comendador. Conselheiro de Estado em 1826, era Fidalgo Cavaleiro da Casa Imperial, grã-cruz da Imperial Ordem de São Bento de Aviz e oficial da Imperial Ordem do Cruzeiro. Como ministro da Guerra, foi responsável pelo estabelecimento da fábrica de pólvora na Estrela e comandante do Forte de São João (RJ).
Histórico (do autor)
Urbano José Pibernat Villela é um artista nascido no Rio Grande do Sul em 1942. Sua dedicação à pintura começou em 1960, dedicando-se à técnica de óleo sobre tela. Em seus trabalhos, estão mais de mil e quinhentos retratos do mundo social, político e cultural, incluindo retratos dos ex-presidentes do Senado Federal, expostos no Museu do Senado. Realizou várias exposições individuais ou coletivas e alguns de seus trabalhos lhe renderam medalhas de ouro.
Referências Bibliográficas
ATELIER Urbano Villela. Urbano Villela. Currículo. Disponível em: . Acesso em: 14 de ago. de 2021.