Histórico (da obra)
Pintura pertence à coleção de retratos pintados exclusivamente para o Senado Federal, que forma a Galeria de Presidentes do Senado no Período do Império. Nesse período o Senado era composto por cinqüenta senadores que representavam as províncias em quantidade proporcional à população. O cargo de senador era vitalício e privativo de brasileiros natos ou naturalizados, exigia idade mínima de 40 anos e rendimento anual mínimo de oitocentos mil réis. O Imperador escolhia um senador de cada uma das listas tríplices, de candidatos eleitos nas províncias por votação indireta e majoritária. À exceção dos príncipes da Casa Imperial, senadores por direito que tomavam assento aos 25 anos de idade, os senadores eram escolhidos com base na experiência de administração pública ou serviços à Pátria (magistrados, militares, eclesiásticos, médicos), bem como ancianidade e nobilitação.
José Egídio Álvares de Almeida, primeiro barão, visconde com grandeza e marquês de Santo Amaro, foi um advogado e político brasileiro. Foi deputado geral, presidindo a Assembleia Constituinte depois dissolvida por D. Pedro I. Foi também ministro das Relações Exteriores, embaixador em Paris e Londres, conselheiro de Estado e senador do Império do Brasil de 1826 a 1832. Foi o mestre de cerimônias da coroação do imperador D. Pedro I e presidente da sessão que inaugurou o Senado do Império do Brasil, em 24 de abril de 1826. O título de barão foi concedido por D. João VI, sendo, portanto, de origem portuguesa.