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Joaquim Murtinho
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Metadados
Miniatura
Título
Joaquim Murtinho
Data
1949
Descrição
Busto em bronze. Representando figura masculina, de matade do dorso até a cabeça. Trajando terno com gravata borboleta.
Classificação / Denominação / Suporte
100 – ARTES VISUAIS | 100 – ARTES VISUAIS > 40 – Escultura > 3 – Metal | 100 – ARTES VISUAIS > 40 – Escultura
Material
Bronze
Técnica
Bronze fundido e esculpido
Assinatura / Marca / Fabricante
"H. Leão Veloso" - gravado no ombro esquerdo canto inferior
Dimensões (da obra)
65,5 x 59 x 40,5 cm
Histórico (da obra)
Joaquim Duarte Murtinho (Cuiabá, 7 de dezembro de 1848 — Rio de Janeiro, 18 de novembro de 1911) foi um político brasileiro liberal. Estadista, ganhou fama por restaurar as finanças republicanas no governo Campos Sales (1898-1902). Engenheiro civil fez o curso de Ciências Naturais na Escola Central, hoje Escola Nacional de Engenharia. Formou-se doutor em medicina e especializou-se em homeopatia e foi também professor catedrático da Escola Politécnica e vice-presidente do Senado.
Murtinho foi eleito senador da República em 1890. Em 1897 fez parte do governo Prudente de Morais como ministro da Viação, Indústria e Comércio. Como ministro da Fazenda do governo Campos Sales, Murtinho tinha a difícil missão de organizar as finanças públicas e administrar os grandes desequilíbrios provocados pelas políticas desastradas de seu antecessor Rui Barbosa, que culminaram no encilhamento, e pela inação dos ministros-juristas que o sucederam. Suas primeiras medidas foram reduzir o meio circulante e articular o funding loan (1898). Com relação ao problema do café, nos conta Delfim Netto: "Murtinho acreditava que a solução do problema deveria ser encontrada pelo próprio mercado, que se encarrega de eliminar os produtores marginais. É ele próprio que nos diz, no Relatório do Ministério da Fazenda de 1899: "Convicto de que a intervenção oficial só poderia aumentar os nossos males, o governo deixou que a produção de café se reduzisse por seleção natural, determinando-se assim a liquidação e a eliminação dos que não tinham condições de vida, ficando ela nas mãos dos mais fortes e dos mais organizados para a luta
Histórico (do autor)
Hildegardo Leão Veloso (Palmeiras (São Paulo), 1899 – cidade do Rio de Janeiro, 1966) foi um escultor brasileiro. Estudou escultura e modelagem com Rodolfo Bernardelli, no Rio de Janeiro. Assinava as suas obras como H. Leão Veloso. Participou da Semana de Arte Moderna de 1922, em São Paulo, com outros escultores como Victor Brecheret e W. Haerberg, embora a sua obra não apresente traços do modernismo. De reconhecido valor artístico, exerceu a livre-docência da cadeira de escultura da antiga Escola Nacional de Belas Artes, a partir do ano de 1950. Em 1925, com o francês Jean Magrou, elaborou as esculturas esculpidas em mármore de Carrara que adornam os túmulos de D. Pedro II e da Imperatriz Teresa Cristina, na Catedral de Petrópolis. Monumento ao Senador Pinheiro Machado - Ipanema, Rio de Janeiro.
Em 1931 foi o escultor da imponente obra dedicada ao Senador Pinheiro Machado, na Praça Nossa Senhora da Paz, por encomenda da Câmara dos Deputados. Foi o autor da estátua equestre do General Osório, inaugurada na Praça da Alfândega, em Porto Alegre, no ano de 1933. Autor do projeto vencedor da estátua do Almirante Marquês de Tamandaré, Patrono da Marinha do Brasil, cuja cerimônia inaugural ocorreu em 28 de dezembro de 1937, na Praia de Botafogo, no Rio de Janeiro.
Em Santa Catarina , por encomenda do Governador Nereu Ramos, o escultor entregou em 1943 as obras que adornavam o túmulo do poeta Cruz e Sousa e, em Laguna, o monumento de 11,5 metros de altura em homenagem a Getúlio Vargas. O Presidente Juscelino Kubitschek inaugurou em Volta Redonda, no Rio de Janeiro, a 27 de janeiro de 1957, outro monumento de sua autoria dedicado ao Presidente Vargas. É ainda de sua autoria a estátua de Clóvis Beviláqua, situada na praça homônima, no centro de Fortaleza, Ceará.
Vencedor do concurso internacional para o panteão do General Urquiza, fez inúmeros bustos, entre eles os de Rui Barbosa, Aurelino Leal e Jackson de Figueiredo, entretanto, a falta de dados, faz com que os estudiosos não saibam ao certo o número de obras apresentadas pelo escultor.
Referências Bibliográficas
HILDEGARDO Velloso. In. ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2023. Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa284290/hildegardo-velloso. Acesso em: 16 de março de 2023. Verbete da Enciclopédia.