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Jangadas do Nordeste (Reprodução)
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Metadados
Miniatura
Título
Jangadas do Nordeste (Reprodução)
Autor
Data
S/r
Descrição
Composição nos tons terras, verdes, cinzas, ocres, azuis, preto, branco e vermelho. Textura lisa e pinceladas aparentes. Composição representando jangada com três figuras, ocupando a quase totalidade da área do suporte e duas menores nos cantos superiores da composição vendo-se em cada uma delas uma mulher. No primeiro plano, atravessando toda largura da área do suporte, jangada formada por sete troncos ligeiramente na diagonal da esquerda para a direita, da frente para o fundo. Sobre seu convés vê-se, à esquerda do centro, jangadeiro em pé de perfil para a direita. Tem pele escura, cabeça ligeiramente inclinada para a esquerda, vendo-se apenas parte da orelha direita e cabelos lisos batidos pelo vento. Usa camisa sem mangas e calças compridas brancas em tecido leve sugerido por linhas em ziguezague irregulares. Seu braço esquerdo não está visível e o direito está esticado para frente segurando na mão uma cuia retangular sugerindo um tronco escavado. Suas pernas estão afastadas sendo que a direita está mais adiantada que a esquerda e tem os pés descalços. À frente deste jangadeiro, vê-se vela triangular ligeiramente enfunada, com "X" ao centro, sugerindo remendo. Um pouco mais ao fundo, outro jangadeiro, de frente, também de pele escura. Tem a cabeça ligeiramente voltada para a esquerda, rosto com traços fisionômicos definidos sugerindo estar olhando para o outro jangadeiro. Usa chapéu de aba larga, roupa em tom cinza escuro cujas calças estão possivelmente arregaçadas. Seus braços não estão visíveis, suas pernas estão afastadas, seu pé direito descalço e esquerdo escondido pela vela da jangada que está à sua frente. Por trás dessa figura vê-se parte de outra vela também triangular. Na frente do primeiro jangadeiro, mulher de pele escura, em pé com o tronco inclinado para frente, de perfil para a esquerda. Seu rosto está quase todo encoberto por seus cabelos que estão caídos. Usa vestidos sem mangas e está descalça. Seus braços estão esticados para baixo e segura com as mãos a ponta de uma rede que está puxando para fora do mar. À direita da composição, ainda sobre o convés da jangada, um cesto de palha e um banco retangular em madeira. No canto superior esquerdo da composição, jangada pequena sem vela ligeiramente na diagonal, sobre a qual está deitada uma mulher em decúbito vertical. Sua pele é escura, tem a cabeça ligeiramente caída para a esquerda e traços fisionômicos grosseiramente esboçados. Usa vestido azul sem mangas; seus braços estão ao longo do corpo e suas pernas estão esticadas ligeiramente afastadas e seus pés estão descalços. No canto superior direito, outra jangada também pequena com vela triangular hasteada, e mulher clara, em pé, de frente. Ela está com a cabeça ligeiramente voltada para a esquerda e tem traços fisionômicos esboçados. Usa vestido cinza sem mangas, tem os braços ao longo do corpo e pés descalços. As três jangadas estão navegando em mar em tons fortes de azuis e verdes. O vento parece revolto e incidir sobre as pessoas vindo de diversas direções. Vêem-se alguns contrastes de luz e sombras sobre as duas mulheres das jangadas menores.
Classificação / Denominação / Suporte
900 – REPRODUÇÃO > 10 – Pintura | 900 – REPRODUÇÃO > 10 – Pintura > 4 – Papel
Material
Papel
Técnica
Impressão colorida
Assinatura / Marca / Fabricante
“C.PORTINARI”, impresso no canto inferior direito
Dimensões (da obra)
23 x 23 cm
Dimensões (da Moldura / Base / Estojo)
58 x 58 x 2 cm
Histórico (da obra)
Obra original executada para decorar o Pavilhão do Brasil na Feira Mundial de Nova York, projeto dos arquitetos Lúcio Costa e Oscar Niemeyer encomendada por Armando Vidal, comissário geral da representação do Brasil na feira.
Histórico (do autor)
Cândido Portinari foi um artista brasileiro nascido em 1903 no Estado de São Paulo. Apesar de sua infância pobre, começa a pintar ainda criança e, aos quinze anos, se matricula na Escola Nacional de Belas Artes. Em 1928, ganha o prêmio de viagem à Europa e fica em Paris durante 1930, o que influencia em seus trabalhos.
Sua obra é marcada pelo retrato da sociedade brasileira. Inicialmente buscou uma questão mais regionalista, mas depois se enquadra numa temática nacional e moderna. A admiração que tinha por Picasso foi uma das inspirações para seus trabalhos, que expõem as mazelas da sociedade.
Ao longo de sua carreira, realizou inúmeras exposições e sua obra lhe rendeu reconhecimento não apenas no Brasil, mas em países do exterior, tanto pelos seus quadros, quanto pelos murais.
Um dos maiores expoentes da arte brasileira, Portinari faleceu em 1962
Referências Bibliográficas
CANDIDO Portinari. Projeto Portinari. Disponível em:. Acesso em: 22 de jul. de 2021.
CANDIDO Portinari. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: . Acesso em: 22 de jul. de 2021. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
CANDIDO Portinari. Projeto Portinari . Acesso em: 28 de março de 2022.